sábado, 18 de fevereiro de 2012

Doenças Infecciosas

Doenças Micóticas
  1. Candidíase ou Candidose
Agente etiológico: Cândida albicans (flora microbiana normal)- anfibiose
Fatores predisponentes: ordem geral
ordem local: umidade e traumatismos
Classificação
  1. Formas Agudas: pseudomembranosa (Sapinho)- cianças, adultos debilitados, antibioticoterapia.
  2. Placas esbranquiças removidas por raspagem.
    eritematosa: antibióticoterapia, HIV +; mácula eritematosa.
    Língua: despapilação, brilhante.
  3. Formas Crônicas: candidíase eritematosa (estomatite relacionada à protese): áreas hiperêmicas,
áreas recobertas por prótese total ou parcial temporária
queilite angular: etiologia multifatorial, fissuras na área de comissura labial
Critério para diagnóstico: anamnese, exame micológico, citologia esfoliativa, biópsia.
Terapêutica: Bochechos com solução alcalina, uso de nistatina ou miconazol e desinfecção química de aparelhos protéticos.
  1. Paracoccidioidomicose (Blastomicose Sul-Americana)
Agente etiológico: Paracoccidioides brasiliensis (vegetais e terra).
Epidemiologia: SP, MG, RJ, GO, PR, RS.
Patogênese: inalação de esporos.
Formas clínicas: tegumentar, linfática e visceral.
Manifestação bucal: estomatite ulcerosa moriforme ( exoulcerações, esbranquiçadas, com pontilhados hemorrágicos.)
periodontite paracoccidióica oculta.
Diagnóstico: biópsia, citologia esfoliativa, micológico, etc.
Tratamento: sulfas, anfotericina B, imidazólicos.

Infecções bacterianas
  1. Sífilis
  2. Treponema pallidum: contato sexual com lesões ativas, transfusão sanguínea e inoculação transplacentária.
    Formas clínicas: sífilis congênita e adquirida.
    Sífilis Adquirida: Primária- cancro duro (pápula granulomatosa, ulcerada, bordas endurecidas e assintomática). Altamente infectante, ocorre em lábios, língua, genitálias orofaringe e dedos.
    Sifilis secundária: roséola sifilítica, condiloma plano (placas elevadas, branco-acinzentada)- altamente infectante.
    Sífilis terciária: surge após 3 a 10 anos, predileção por aparelho cardiovascular e sistema nervoso central (neurossífilis). Lesão: goma (lesão destrutiva), perfuração do palato. Não é infectante.
    Sífilis Congênita: 5º mês gestacional. Recente: abortos, lesões destrutivas em vários órgãos fetais, natimortos.
    Tardia: tríade de Hutchinson (queratite intersticial, surdez e anomalias dentárias).
    Diagnóstico da sífilis: testes de Wasserman, VDRL, e FTS-Abs.
    Tratamento: Penicilina G benzatina.

  3. Tuberculose
  4. Etiopatogenia: Mycobacterium tuberculosis- inalação (lesões pulmonares) e inoculação direta (rara).
    Tuberculose miliar: lesões disseminadas
    Aspectos odontológicos: úlceras crônicas, osteomielite tuberculosa, linfadenite tuberculosa.
    Locais mais freqüentes: dorso lingual, palato mole, assoalho bucal, lábios e mucosa jugal.
    Diagnóstico: Biópsia e testes bacteriológicos.
    Tratamento odontológico: Tuberculose pulmonar X infecção cruzada.
  5. Actinomicose
  6. Etiologia: Actinomyces israelii (bactéria gram-positiva anaeróbia)- flora bucal.
    Formas clínicas: cervicofacial, torácica e pélvicoabdominal.
    Patogênese: comensalismo oral, baixa virulência, quebra da integridade da mucosa; baixo potencial de óxido-redução (anaeróbico) e presença de outros tipos de bactérias.
    Manifestações clínicas da actinomicose cervicofacial: tumefação na mandíbula, endurecida, formação de múltiplos abscessos e fístulas (episódios contínuos de supuração) com ou sem manifestações sistêmicas. Podem ser aguda ou crônica (exsudato purulento: grãos de enxofre).
    Exame radiográfico: radioluscência
    Disseminação linfática e hematogênica: são raras.
    Diagnóstico: TC, ultrassonografia, cultura anaeróbia, biópsia, etc.
    Trtamento: antibioticoterapia de largo espectro e longa duração.

    Infecção causada por protozoário
    Leishmaniose
    Doença causada por protozoários das espécies de Leishmania.
    Reservatórios da doença: animais silvestres, cães e roedores (forma promastigota).
    Vetor: mosquito fêmea Phlebotomus.
    Patogênese: transmissão aos humanos através da picada do mosquito palha, ou pela mordida de cachorros ou roedores contaminados.
    Hospedeiros acidentais: humanos
    Formas clínicas: cutânea e cutânea-mucosa (Leishamnia brasiliensis), visceral (forma mais grave)
    Leishmaniose cutânea: fase primária, a lesão ocorre no local da picada, sendo caracterizada pela presença de ulcerações crostosas (úlcera de Baurú), a qual apresenta cura espontânea (cicatriz atrófica).
    Pode ocorrer realmente a cura, ou entrar num estado de latência por tempo indeterminado.
    Leishamniose cutâneo-mucosa: estágio secundário (após lesão cutânea). Locais de maior incidência: palato mole e duro.
    Lesões bucais: lesões granulomatosas proliferativas (framboesiformes) ou necrotizantes (destruição e necrose- multilação) –tropismo pela cartilagem nasal: nariz de anta ou tapir.
    Diagnóstico: biópsias, cultura e intradermoreação de Montenegro