Os processos patológicos básicos aparecem clinicamente, por variadas alterações morfológicas, na pele ou mucosa bucal, e são denominadas lesões fundamentais ou elementares. Trataremos apenas das que ocorrem na mucosa da boca, uma vez que suas características principais diferem das que ocorrem na pele. Seu conhecimento acurado assume considerável importância diagnóstica, uma vez que hipóteses diagnósticas formuladas, em decorrência de um quadro clínico obtido, fundamentam-se na história clínica da doença e características clínicas da lesão produzida, isto é, da lesão fundamental.
Elas podem ser classificadas como segue :
1- Mancha ou mácula. São modificações da coloração normal da mucosa bucal sem que ocorra elevação ou depressão tecidual. Podem surgir sobre outro tipo de lesão fundamental, como pápulas, nódulos, placas e outras, quando então teremos alterações de forma. As manchas apresentam cor, tamanho e forma bastante variados, podendo sua origem ser devida à presença de melanina ou outras causas. Exs.: pigmentação gengival racial (maior quantidade de melanina), vitiligo (cor clara devido à perda da pigmentação natural), tatuagens por amálgama (negro-azuladas sob a gengiva), etc
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2- Placa - Constituem lesões bem características, fundamentalmente elevadas em relação ao tecido normal, sua altura é pequena em relação à extensão, consistentes à palpação e a sua superfície pode ser rugosa, verrucosa, ondulada, lisa ou apresentar diversas combinações desses aspectos. Exs.: leucoplasia, certas formas de líquen plano e carcinomas epidermóides. Associados às placas, podem aparecer manchas, erosões, ulcerações, fissuras, nódulos, etc.
3- Erosão - A erosão representa perda parcial do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo subjacente. Surgem em decorrência de variados processos patológicos, predominantemente de origem sistêmica, que produzem atrofia da mucosa bucal, que se torna fina, plana e de aparência frágil. Exs.: lesões erosivas do líquen plano, glossite migratória ou língua geográfica, etc.
4- Úlcera e ulceração. São lesões em que ocorre solução de continuidade do epitélio com exposição do tecido conjuntivo subjacente. Alguns autores fazem a distinção entre úlcera e ulceração. Reservam a denominação de úlcera para lesões de caráter crônico (persistem por semanas ou meses), como decorrentes de tumores malignos, pênfigo vulgar, sífilis secundária, etc. Ulcerações correspondem a lesões de curta duração, geralmente conseqüência de doenças autolimitantes, como a afta, herpes recorrente, lesões traumáticas e outras. Também vamos encontrar na literatura autores que classificam as úlceras e ulcerações como lesões secundárias, decorrentes da evolução de lesões primitivas como bolhas, vesículas,
nódulos, etc.
As úlceras e ulcerações apresentam uma série de aspectos semiológicos que devem ser minuciosamente considerados com vista à formulação de hipóteses diagnósticas. Assim, a localização, forma, tamanho, cor, conformação das bordas, aspecto do fundo da lesão (presença de exsudato, sangramento, pseudomembrana, etc.), profundidade, consistência à palpação, sensibilidade dolorosa, aderência a planos profundos, número de lesões, fenômenos associados (lesões concomitantes e linfadenopatia), duração, ocorrência de fenômenos prévios à sua instalação e história de episódios anteriores semelhantes poderão ser de grande importância na elaboração do diagnóstico.
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2- Placa - Constituem lesões bem características, fundamentalmente elevadas em relação ao tecido normal, sua altura é pequena em relação à extensão, consistentes à palpação e a sua superfície pode ser rugosa, verrucosa, ondulada, lisa ou apresentar diversas combinações desses aspectos. Exs.: leucoplasia, certas formas de líquen plano e carcinomas epidermóides. Associados às placas, podem aparecer manchas, erosões, ulcerações, fissuras, nódulos, etc.
3- Erosão - A erosão representa perda parcial do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo subjacente. Surgem em decorrência de variados processos patológicos, predominantemente de origem sistêmica, que produzem atrofia da mucosa bucal, que se torna fina, plana e de aparência frágil. Exs.: lesões erosivas do líquen plano, glossite migratória ou língua geográfica, etc.
4- Úlcera e ulceração. São lesões em que ocorre solução de continuidade do epitélio com exposição do tecido conjuntivo subjacente. Alguns autores fazem a distinção entre úlcera e ulceração. Reservam a denominação de úlcera para lesões de caráter crônico (persistem por semanas ou meses), como decorrentes de tumores malignos, pênfigo vulgar, sífilis secundária, etc. Ulcerações correspondem a lesões de curta duração, geralmente conseqüência de doenças autolimitantes, como a afta, herpes recorrente, lesões traumáticas e outras. Também vamos encontrar na literatura autores que classificam as úlceras e ulcerações como lesões secundárias, decorrentes da evolução de lesões primitivas como bolhas, vesículas,
nódulos, etc.
As úlceras e ulcerações apresentam uma série de aspectos semiológicos que devem ser minuciosamente considerados com vista à formulação de hipóteses diagnósticas. Assim, a localização, forma, tamanho, cor, conformação das bordas, aspecto do fundo da lesão (presença de exsudato, sangramento, pseudomembrana, etc.), profundidade, consistência à palpação, sensibilidade dolorosa, aderência a planos profundos, número de lesões, fenômenos associados (lesões concomitantes e linfadenopatia), duração, ocorrência de fenômenos prévios à sua instalação e história de episódios anteriores semelhantes poderão ser de grande importância na elaboração do diagnóstico.
5- Vesícula e bolha. Seu estudo em conjunto justifica-se por diferirem, praticamente, no tamanho da lesão. São elevações do epitélio, contendo líquido no seu interior e, consideradas vesículas as lesões que não ultrapassem 3 mm no seu maior diâmetro, sendo as demais bolhas. Por outro lado, as bolhas são formadas por uma única cavidade, enquanto a vesícula por várias. Exs.: Herpes simples, pênfigo vulgar, etc.
6- Pápulas - São pequenas lesões sólidas, circunscritas, elevadas, cujo diâmetro não ultrapassa 5 mm. Podem ser únicas ou múltiplas; de superfície lisa, rugosa ou verrucosa; arredondadas ou ovais; pontiagudas ou achatadas. Quando aglomeradas, constituem a chamada placa papulosa.
7- Nódulos - São lesões sólidas, circunscritas, de localização superficial ou profunda e formados por tecido epitelial, conjuntivo ou misto. Podem ser pediculadas, quando seu maior diâmetro é superior ao da base de implantação, ou séssil, quando o da base é maior. Exs.: lesões de tumores glandulares (glândulas salivares maiores ou menores), papilomas, lipomas, granulomas piogênicos, fibromas, etc.