O Papilomavírus Humano (HPV) é um pequeno vírus-DNA, pertencente à família Papoviridae, não-envelopado e que apresenta considerável tropismo por células epiteliais e mucosas. Assim, a presença desses vírus tem sido verificada em diversas lesões da cavidade oral e nasal, nos seios paranasais, na conjuntiva, na mucosa traqueobrônquica, no esôfago, na uretra, no trato anogenital e na pele. A transformação do epitélio e o desenvolvimento de lesões relacionadas, como o papiloma de células escamosas, a verruga vulgar e o condiloma acuminado, parecem estar intimamente relacionados à permissividade celular da região de incubação, do tipo de HPV infectante e da resposta imune do hospedeiro.
A forte relação entre o HPV e o câncer de colo uterino estimulou, nas últimas décadas, o desenvolvimento de diversas pesquisas sobre o vírus. Hoje, são conhecidos mais de 100 tipos HPV, e o ato sexual, como única via de infecção, já tem sido repensado. Assim, pelo menos na cavidade oral, o trauma pode ser considerado como uma das portas de entrada necessárias para que ocorra a infecção1. Xavier et al. (2007)2 estudaram a frequência de HPV na cavidade oral de homens com HPV anogenital, por meio de exame clínico e raspado para análise por biologia molecular, e não encontraram nenhuma amostra positiva na boca, mesmo naqueles pacientes que praticavam sexo oral.
A presença do papilomavírus humano em mucosa bucal clinicamente normal também tem sido fruto de pesquisas, e, apesar das diferentes técnicas utilizadas para detecção do vírus e das diferentes frequências encontradas, diversos autores consideram a cavidade oral um reservatório de HPV3-5. Outros estudos apontam a presença do HPV em lesões não-relacionadas, como em ameloblastomas6, ceratocistos odontogênicos7 e em displasias e carcinomas espinocelulares8, os quais apresentam como indício de infecção a coilocitose.
A presença do papilomavírus humano em mucosa bucal clinicamente normal também tem sido fruto de pesquisas, e, apesar das diferentes técnicas utilizadas para detecção do vírus e das diferentes frequências encontradas, diversos autores consideram a cavidade oral um reservatório de HPV3-5. Outros estudos apontam a presença do HPV em lesões não-relacionadas, como em ameloblastomas6, ceratocistos odontogênicos7 e em displasias e carcinomas espinocelulares8, os quais apresentam como indício de infecção a coilocitose.