Crescimentos localizados na gengiva são razoavelmente comuns e tipicamente representam lesões proliferativas
reacionais1,2, onde a maioria apresenta componente inflamatório decorrente de irritação local3. O fibroma ossificante periférico (FOP) é um desses crescimentos teciduais definido como hiperplasia inflamatória reativa benigna4,5.
Lesões reacionais ou inflamatórias representam mais que 90% das biópsias gengivais6,7 e o FOP representa 9,6% dessas biópsias8. Pode ser denominado por diversas nomenclaturas, tais como: granuloma fibroblástico calcificante, fibroma odontogênico periférico, fibroma cementificante periférico, epúlide
fibrosa ossificante e fibroma periférico com calcificação9 .
Seu aspecto clínico mais comumente encontrado é de um aumento de volume bem delimitado, apresentando superfície lisa ou ulcerada, usualmente com coloração A característica histopatológica marcante e que difere o
FOP de outras lesões fibrosas é a presença de tecido ósseo. A patogênese desta lesão permanece incerta, mas é freqüentemente associada com cálculos, placa dental, aparelho ortodôntico,
destruição de coroas, restaurações traumatizantes, além de forças mastigatórias e impacção de alimentos11. O tratamento é cirúrgico, sendo imprescindível sua completa remoção, incluindo o periósteo envolvido para se evitar recidiva12
reacionais1,2, onde a maioria apresenta componente inflamatório decorrente de irritação local3. O fibroma ossificante periférico (FOP) é um desses crescimentos teciduais definido como hiperplasia inflamatória reativa benigna4,5.
Lesões reacionais ou inflamatórias representam mais que 90% das biópsias gengivais6,7 e o FOP representa 9,6% dessas biópsias8. Pode ser denominado por diversas nomenclaturas, tais como: granuloma fibroblástico calcificante, fibroma odontogênico periférico, fibroma cementificante periférico, epúlide
fibrosa ossificante e fibroma periférico com calcificação9 .
Seu aspecto clínico mais comumente encontrado é de um aumento de volume bem delimitado, apresentando superfície lisa ou ulcerada, usualmente com coloração A característica histopatológica marcante e que difere o
FOP de outras lesões fibrosas é a presença de tecido ósseo. A patogênese desta lesão permanece incerta, mas é freqüentemente associada com cálculos, placa dental, aparelho ortodôntico,
destruição de coroas, restaurações traumatizantes, além de forças mastigatórias e impacção de alimentos11. O tratamento é cirúrgico, sendo imprescindível sua completa remoção, incluindo o periósteo envolvido para se evitar recidiva12
O FOP geralmente apresenta crescimento lento, que raramente atinge 3 cm de diâmetro, ocorrendo exclusivamente na gengiva13, sendo 50% dos casos em região anterior da maxila10 e maior prevalência para indivíduos do sexo feminino com cerca de 25 a 35 anos14
Na literatura analisada sobre o assunto, foram encontrados apenas dois casos de maior extensão, um com 6 cm de diâmetro, na região de rebordo alveolar anterior de mandíbula e outro com 9 cm de diâmetro na região de palato10
Clinicamente, apresenta-se como uma massa gengival firme de coloração rósea com alguns pontos avermelhados, a implantação pode ser séssil ou pedunculada15-16, de superfície intacta ou ulcerada17-18, com crescimento predominantemente exofítico e consistência fibrosa19. Radiograficamente podem
exibir áreas de difusas calcificações radiopacas, porém muitas lesões não exibem este aspecto radiográfico20
exibir áreas de difusas calcificações radiopacas, porém muitas lesões não exibem este aspecto radiográfico20
Sua patogênese é incerta, porém por causa de suas similaridades clínica e histopatológica com o granuloma piogênico, acredita-se que alguns casos iniciem como um granuloma piogênico que sofra maturação fibrosa e calcificação. No entanto nem todos os casos desenvolvem-se desta maneira15.
Histologicamente, o FOP pode exibir epitélio intacto ou estratificado ulcerado escamoso21. O componente fibroblástico profundo é muito celular com áreas centrais de calcificações. O tecido mineralizado geralmente é constituído por osso e material cementóide13.Usualmente os dentes não são afetados, contudo em alguns casos as unidades dentárias adjacentes podem estar deslocadas e amolecidas.
Histologicamente, o FOP pode exibir epitélio intacto ou estratificado ulcerado escamoso21. O componente fibroblástico profundo é muito celular com áreas centrais de calcificações. O tecido mineralizado geralmente é constituído por osso e material cementóide13.Usualmente os dentes não são afetados, contudo em alguns casos as unidades dentárias adjacentes podem estar deslocadas e amolecidas.
O FOP tem uma taxa relativamente alta de recidiva, em torno de 20%13-22, porém para minimizar esta tendência é importante a remoção completa da lesão, incluindo o periósteo envolvido e o ligamento periodontal12. Além disso, os dentes envolvidos devem ser raspados, para eliminar possíveis irritações. O acompanhamento se torna imprescindível. Até o momento nenhum sinal de recidiva foi apresentado e a mucosa palatal apresenta-se intacta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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(study based on 1269 biopsies). J Periodontol 1973;44:3-17.
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overview of some common and uncommon lesions. J. Clin.
Periodontol 1991; 18:436-440.
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Diagnóstico Bucal. Ao Paulo, Robe 1997; 203-35.
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y revisión de la literatura. Rev Fac Odont Univ Valparaíso.v.2,
n.1, p. 48-52, 1997.
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fibroma. Journal Dentistry Children, v.2, n.63, p. 135-138,
Mar/Apr., 1996.
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speciens from gingiva ond alveolar mucosa. J Periodontol
1985;56:671-676.
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gingival lesions. J Dent Hyg 1995;69:175-179.
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fibroma with a calcification: Report of 376 cases. J. Am Dent
Assoc. 1966, 73:1312-1320
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