A Lesão Central de Células Gigantes (LCCG) é uma patologia incomum, uma vez que corresponde a menos que 7% de todas as lesões benignas dos maxilares (ADORNATO; PATICOFF, 2001 e BATAINEH; AL-KHATEEB; RAWASHDEH, 2002).
A LCCG, também denominada de granuloma central de células gigantes, consiste em um processo proliferativo benigno não neoplásico comumente encontrado em crianças ou adultos jovens, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Sua etiologia ainda é desconhecida, porém é considerada uma resposta a uma injúria tecidual, embora nem sempre se obtenha uma história de traumatismo no local. Acomete mais freqüentemente a mandíbula do que a maxila (NEVILLE; DAMM; ALLEN et al., 2004 e THRONDSON; SEXTON, 2004).
O termo “granuloma reparativo de células gigantes” foi introduzido para as lesões centrais de células gigantes dos ossos gnáticos, distinguindo-as dos tumores de células gigantes dos ossos longos, em virtude das diferenças clínicas e histopatológicas observadas entre as mesmas (JAFFE, 1953 e SANTOS-BRIZ; LOBATO; RAMOS et al., 2003).
Em relação ao tratamento, alguns cirurgiões recomendam a ressecção em bloco de todo osso envolvido pela lesão (ENGLEDER; PLATZ; REMAGEN et al., 1986) enquanto que outros optam por manobras mais conservadoras, através de enucleação ou curetagem (HOFFMEISTER; MOUBAYED, 1986 e CASTRO, 2000).
A LCCG, também denominada de granuloma central de células gigantes, consiste em um processo proliferativo benigno não neoplásico comumente encontrado em crianças ou adultos jovens, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Sua etiologia ainda é desconhecida, porém é considerada uma resposta a uma injúria tecidual, embora nem sempre se obtenha uma história de traumatismo no local. Acomete mais freqüentemente a mandíbula do que a maxila (NEVILLE; DAMM; ALLEN et al., 2004 e THRONDSON; SEXTON, 2004).
O termo “granuloma reparativo de células gigantes” foi introduzido para as lesões centrais de células gigantes dos ossos gnáticos, distinguindo-as dos tumores de células gigantes dos ossos longos, em virtude das diferenças clínicas e histopatológicas observadas entre as mesmas (JAFFE, 1953 e SANTOS-BRIZ; LOBATO; RAMOS et al., 2003).
Em relação ao tratamento, alguns cirurgiões recomendam a ressecção em bloco de todo osso envolvido pela lesão (ENGLEDER; PLATZ; REMAGEN et al., 1986) enquanto que outros optam por manobras mais conservadoras, através de enucleação ou curetagem (HOFFMEISTER; MOUBAYED, 1986 e CASTRO, 2000).
Em 1953 JAFFE foi o primeiro autor que sugeriu o nome de Granuloma Central de Células Gigantes para as lesões localizadas nos maxilares e, que apresentavam um comportamento clínico benigno e diferente do Tumor de Células Gigantes dos ossos longos. Em estudo anterior não se fazia distinção entre estas duas entidades patológicas, a partir de quando se aceitou que a LCCG não era uma verdadeira neoplasia e sim uma reação de reparação local (JAFFE, 1953). Desde então os termos Granuloma Reparador de Células Gigantes e Granuloma de Células Gigantes foram designados para estas lesões localizadas nos maxilares.
Quanto à etiologia da LCCG, acredita-se que ela possa envolver tanto causas locais como sistêmicas (FRANCO; TAVARES; BEZERRIL et al., 2003). As causas locais incluem traumas e insultos vasculares, que produziriam hemorragia intramedular com conseqüente reação do tecido conjuntivo ao
substituí-lo. Dentre as causas sistêmicas, pode-se citar a associação com síndromes, como a Neurofibromatose I, Síndrome de Noonan, além de distúrbios hormonais, como o Hiperparatireoidismo e a gravidez (LANGE; ROSENBERG; AKKER et al., 1999 e FRANCO; TAVARES; BEZERRIL et al., 2003).
Não obstante, a lesão central de células gigantes é caracterizada microscopicamente por uma proliferação de células mononucleadas fusiformes, ovóides e arredondadas, bem como, numerosas células gigantes multinucleadas, distribuídas num estroma ricamente vascularizado, demonstrando quantidade variável de fibras colágenas. Focos hemorrágicos, depósitos de hemossiderina e material osteóide, também, são achados comuns (WASSAL; QUINTANA-GOMES, 1998; CARDOSO, 2000; REGEZI; SCIUBBA, 2000 e THRONDSON; SEXTON, 2004).
Não obstante, a lesão central de células gigantes é caracterizada microscopicamente por uma proliferação de células mononucleadas fusiformes, ovóides e arredondadas, bem como, numerosas células gigantes multinucleadas, distribuídas num estroma ricamente vascularizado, demonstrando quantidade variável de fibras colágenas. Focos hemorrágicos, depósitos de hemossiderina e material osteóide, também, são achados comuns (WASSAL; QUINTANA-GOMES, 1998; CARDOSO, 2000; REGEZI; SCIUBBA, 2000 e THRONDSON; SEXTON, 2004).
A maioria dos casos de lesão central de células gigantes acomete indivíduos do gênero feminino, sendo relatadas em grandes séries de casos, uma proporção de 2:1 entre os gêneros (BASILI; CASTELLON; MONTINI et al., 1997 e SHARMA; VERMA; PAWAR et al., 2002).
Em se tratando da faixa etária mais acometida pela LCCG, a maioria dos autores afirma que mais de 60% dos casos ocorre em crianças ou adultos com menos de 30 anos de idade (WHITAKER; WALDRON, 1993; ACOSTA GIL; DOMINGUEZ; ROCHA, 1995 e KAFFE; ARDEKIAN; TAICHER et al., 1996).
Dependendo da localização e da agressividade da LCCG o paciente poderá apresentar tumefação local, dor, flutuação à palpação, parestesia, cefaléia, diplopia e epistaxe, entre outros sintomas (GOVETT; AMEDEE, 1991).
A região anterior dos ossos maxilares é mais acometida do que a região posterior, com numerosos relatos de lesões expandindo-se além da linha média, especialmente em lesões mandibulares (ADORNATO; PATICOFF, 2001 e THRONDSON; SEXTON, 2004).
Em se tratando da faixa etária mais acometida pela LCCG, a maioria dos autores afirma que mais de 60% dos casos ocorre em crianças ou adultos com menos de 30 anos de idade (WHITAKER; WALDRON, 1993; ACOSTA GIL; DOMINGUEZ; ROCHA, 1995 e KAFFE; ARDEKIAN; TAICHER et al., 1996).
Dependendo da localização e da agressividade da LCCG o paciente poderá apresentar tumefação local, dor, flutuação à palpação, parestesia, cefaléia, diplopia e epistaxe, entre outros sintomas (GOVETT; AMEDEE, 1991).
A região anterior dos ossos maxilares é mais acometida do que a região posterior, com numerosos relatos de lesões expandindo-se além da linha média, especialmente em lesões mandibulares (ADORNATO; PATICOFF, 2001 e THRONDSON; SEXTON, 2004).
A lesão descaracteriza o sulco gengivo-labial e produz deformações variáveis no contorno facial. O abaulamento dos maxilares ocorre devido à expansão das corticais ósseas (SHAFER; HINE; LEVY, 1985 e SIDHU; PARKASH; SIDHU, 1995)
Há diversos tratamentos propostos na literatura e, a escolha da terapia dependerá da idade do paciente, da característica clínica da lesão e sua agressividade (CHUONG; KABAN; KOZAKEWICH et al., 1986 e CARLOS; SEDANO, 2002).
Diversas modalidades de tratamento têm sido descritas para a LCCG, sendo que a radioterapia foi uma das primeiras a ser utilizada. Foram descritos cinco casos de LCCG tratados exclusivamente com radioterapia (variando entre 15Gy e 34Gy de dose total) com reparação completa da região (BERGER, 1947). Posteriormente foram relatados mais dois casos de LCCG localizados na mandíbula tratados com radioterapia, com a completa cicatrização óssea da região (BUSCHKE; CANTRIL, 1949).
Entretanto, diversos autores têm contra-indicado o tratamento radioterápico em pacientes jovens devido à possibilidade do aparecimento, em longo prazo, de neoplasias malignas radioinduzidas (BATSAKIS, 1979; EISENBUD; STERN; ROTHBERG et al., 1988 e SMITH; MARROGI; DLEFINO et al., 1990).
A literatura permite conhecer que a crioterapia também se presta ao tratamento da LCCG, sendo descritas diversas variantes para a realização deste método, entre os quais a aplicação de nitrogênio líquido (-198 ºC) em forma de “spray” (BRADLEY; FISHER, 1975). Aceita-se que a baixa temperatura induzida no tecido ósseo determine a desvitalização dos elementos celulares, conservando a matriz óssea.
Para o tratamento de formas agressivas de LCCG, também, foi descrito o emprego de curetagem associada à crioterapia (WEBB; BROCKBANK, 1986). Esta técnica tem sido muito relatada na literatura (POGREL, 1993; POGREL, 1995 e SALMASSY; POGREL, 1995), mostrando-se eficaz no tratamento de lesões agressivas dos maxilares, com nítida diminuição do número de recidivas.
O controle cirúrgico destas lesões com curetagem vigorosa é geralmente recomendado como tratamento preferencial (ZEGARELLI; KUSTCHER, 1982 e REGEZI; SCIUBBA, 2000). A curetagem da massa tumoral, seguida da remoção das margens ósseas da periferia, resulta num prognóstico bom, e numa taxa baixa de recidiva. Em alguns casos pode tornar-se necessário o tratamento pré-cirúrgico ou a extração dos dentes envolvidos (WOOD; GOAZ, 1975; BHASKAR; BARBOSA, 1976; ZANINI, 1990 e REGEZI; SCIUBBA, 2000).
Diversas modalidades de tratamento têm sido descritas para a LCCG, sendo que a radioterapia foi uma das primeiras a ser utilizada. Foram descritos cinco casos de LCCG tratados exclusivamente com radioterapia (variando entre 15Gy e 34Gy de dose total) com reparação completa da região (BERGER, 1947). Posteriormente foram relatados mais dois casos de LCCG localizados na mandíbula tratados com radioterapia, com a completa cicatrização óssea da região (BUSCHKE; CANTRIL, 1949).
Entretanto, diversos autores têm contra-indicado o tratamento radioterápico em pacientes jovens devido à possibilidade do aparecimento, em longo prazo, de neoplasias malignas radioinduzidas (BATSAKIS, 1979; EISENBUD; STERN; ROTHBERG et al., 1988 e SMITH; MARROGI; DLEFINO et al., 1990).
A literatura permite conhecer que a crioterapia também se presta ao tratamento da LCCG, sendo descritas diversas variantes para a realização deste método, entre os quais a aplicação de nitrogênio líquido (-198 ºC) em forma de “spray” (BRADLEY; FISHER, 1975). Aceita-se que a baixa temperatura induzida no tecido ósseo determine a desvitalização dos elementos celulares, conservando a matriz óssea.
Para o tratamento de formas agressivas de LCCG, também, foi descrito o emprego de curetagem associada à crioterapia (WEBB; BROCKBANK, 1986). Esta técnica tem sido muito relatada na literatura (POGREL, 1993; POGREL, 1995 e SALMASSY; POGREL, 1995), mostrando-se eficaz no tratamento de lesões agressivas dos maxilares, com nítida diminuição do número de recidivas.
O controle cirúrgico destas lesões com curetagem vigorosa é geralmente recomendado como tratamento preferencial (ZEGARELLI; KUSTCHER, 1982 e REGEZI; SCIUBBA, 2000). A curetagem da massa tumoral, seguida da remoção das margens ósseas da periferia, resulta num prognóstico bom, e numa taxa baixa de recidiva. Em alguns casos pode tornar-se necessário o tratamento pré-cirúrgico ou a extração dos dentes envolvidos (WOOD; GOAZ, 1975; BHASKAR; BARBOSA, 1976; ZANINI, 1990 e REGEZI; SCIUBBA, 2000).
Além da curetagem e ressecção cirúrgica, a administração de interferon alfa, de calcitonina e de injeções intralesionais de corticoesteróides tem sido descrita na literatura como opções de tratamento da LCCG (PAZOKI; BALTIMORE, 2003). O mecanismo de ação da calcitonina é especulativo, sendo capaz de inibir a atividade osteoclástica, acarretando um aumento dos níveis séricos de cálcio, além de estimular a atividade osteoblástica (POGREL; REGEZI; HARRIS et al., 1999). A calcitonina é encontrada em diversas espécies, embora a proveniente do salmão seja a mais utilizada devido às características que a tornam altamente potente, como meia vida longa, resistência à degradação plasmática e, a grande afinidade para receptores específicos (BERNE; LEVY, 1990).
A literatura mostra que o tratamento pode levar a uma estabilização da lesão ao invés da cura, podendo indicar um risco de recorrência após vários anos (O’REGAN; GIBB; ODELL, 2001).
A literatura mostra que o tratamento pode levar a uma estabilização da lesão ao invés da cura, podendo indicar um risco de recorrência após vários anos (O’REGAN; GIBB; ODELL, 2001).